Desterritórios nas artes virtuais: o campo híbrido do maquiartista, em redes de criação compartilhadas
Resumo
Buscamos compreender o campo desterritorializado do(a) artista que se relaciona com a linguagem da maquiagem nas artes visuais, e também defini-lo a partir do neologismo “maquiartista”. Procuramos, ainda, analisar a linguagem da maquiagem nos processos criativos nas artes visuais em variados sistemas artísticos, entre eles, o acadêmico e o entretenimento. Discutimos como, no contexto caótico, pandêmico e virtualizado em que vivemos, a universidade assume um papel importante de resistência no papel de disseminação de conhecimento, pesquisa e fundamentação teórica, bem como em novas formas de criação e compartilhamento. Assim, investigamos caminhos de legitimação de uma linguagem visual artística híbrida outrora banalizada e rejeitada, mas de potente significância na história e nas artes visuais. Refletimos ainda a respeito do(a) “maquiartista” como um(a) artista híbrido(a) emergente, desbravando lugares desconhecidos e esquecidos, e de urgente importância na formação e perpetuação do pensamento crítico, na abertura de novos caminhos na arte contemporânea. Palavras-chave: Maquiagem. Linguagem Visual. Mascaramento virtual. Processos criativos.Referências
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