Corpo-tambor: corporalidade negra no reinado mineiro

Autores

  • Mariana Emiliano Simões

Resumo

No contexto das Festas de Nossa Senhora do Rosário, observadas na Comunidade dos Arturos, em Minas Gerais, as performances corporais e musicais constituem um universo no qual se encontram as matrizes africanas de devoção articuladas às formas contemporâneas de expressão da identidade negra. Corpo e ritmo emergem como elementos centrais do fenômeno cultural e são aqui analisados de modo que se compreenda o fenômeno do Reinado. Nele, a relação Corpo/Tambor é considerada primordial para que o referido fenômeno aconteça. A partir do encontro do corpo com o ritmo desencadeiam-se ações rituais, performativas e festivas; e, nesse universo, o movimento torna-se linguagem, e o pensamento é corporificado e oralmente transmitido como “corpo”. Concluímos que, através das performances, são vividas e perpetuadas histórias, tradições, crenças, práticas e pensamentos, tornando-se, de fato, formas de vida e estratégias de transmissão da negociação identitária.

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Publicado

2017-05-26

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Artigos