Cholera-morbus ou O morto embargado: teatro e epidemia no Rio de Janeiro em meados do século XIX
Abstract
O artigo pretende discutir a encenação da farsa Cholera-morbus ou O morto embargado, em 1845, no Teatro S. Pedro, na capital do Império brasileiro. A partir do itinerário da epidemia de cólera entre Paris, Lisboa e Rio de Janeiro, o trabalho busca relações com a trajetória do próprio texto (original francês, traduzido em Portugal e posteriormente, montado no Brasil) e suas permanências ao longo de mais de seis décadas.References
ALENCASTRO, Luiz Felipe de. Vida privada e ordem privada no Império. In: NOVAIS, Fernando; ALENCASTRO, Luiz Felipe de. História da vida pri- vada no Brasil. Império: a corte e a modernidade nacional. V. II. São Paulo: Companhia das Letras, 1997.
ASSIS, Machado de. Ressurreição/ A mão e a luva. São Paulo: Cultrix, 1967
AZEVEDO, Elizabeth Ribeiro. Ensaiadores na cena brasileira dos séculos XIX e XX. Sala Preta, v. 15, n. 1, 2015. Disponível em: http://www.re- vistas.usp.br/salapreta/article/view/98256/98303. Acesso em: 14 mai. 2020.
BARTHÉLEMY; LHÉRIE; CÉRAN. Le mort sous le scellé. Folie en un acte, mêlée des couplets, par MM. Barthélemy, Lhérie et Céran. Représen- tée pour la première fois sur le Théâtre des Nouveautés, Le 8 Décem- bre 1831. Paris: J. N. Barba, Libraire, Palais-Royal, Grande Cour, Der- rière le Théâtre Français, 1832. Disponível em: https://books.google. com.br/books?id=mSlMAAAAcAAJ&pg=PA7&lpg=PA7&dq=le+mort+s- cellé+ou+cholera+morbus&source=bl&ots=HL5x2wgjqA&sig=ACfU3U- 1F0rkkbrYJQsP0r-AwU-NIh_XeIQ&hl=pt-BR&sa=X&ved=2ahUKEwj- J4oDt28XpAhWzErkGHWqEBSUQ6AEwAHoECAUQAQ#v=onepage&q=- le%20mort%20scellé%20ou%20cholera%20morbus&f=false. Acesso em: 10 mai. 2020.
BASTOS, Antonio Sousa. Dicionário do Theatro Portuguez. Lisboa: Im- prensa Libanio da Silva, 1908.
BRESCIA, Rosana Marreco. É lá que se representa a comédia: A Casa da Ópera de Ouro Preto (1770-1822). Jundiaí: Paco Editorial, 2012.
CNRTL. Folie. Centre National de Ressources Textuelles et Lexicales - CNRTL. Disponível em: https://www.cnrtl.fr/definition/folie. Acesso em: 14 mai. 2020.
EAST LONDON RECORD. The 1832 cholera epidemic in East London. East London Record, n. 02, 1979. THHOL. Disponível em: http://www. mernick.org.uk/thhol/1832chol.html. Acesso em: 20 abr. 2020.
FERREIRA, Licínia Rodrigues. O Teatro da Rua dos Condes (1738-1882). 2019. Tese (Doutorado em Estudos Artísticos, na especialidade de Estu- dos de Teatro) - Universidade de Lisboa, Lisboa, 2019.
MIRANDA, José da Costa. Apontamentos para um futuro estudo sobre o teatro de Metastasio em Portugal, no séc. XVIII. Separata de Estudos Ita- lianos em Portugal, n. 36, 1973.
MESENTHÈRE, M. Les Pilules Dramatiques ou Le Choléra-Morbus. Revue Critique et Politique par M. Le Docteur Mesenthère. Représenté pour la première fois, sur Le Théâtre des Nouveautés, Le 11 Février 1831. Pa- ris, R. Riga, Libraire, Boulevard Poissonnière, n. 01, 1831. Disponível em: http://www.théâtre-documentation.com/content/les-pilules-drama- tiques-edmond-rochefort-adolphe-de-leuven-ferdinand-de-villeneuve- -michel#PDF. Acesso em: 10 mai. 2020.
PAVIS, Patrice. Dicionário de Teatro. São Paulo: Perspectiva, 2002.
PRADO, Décio de Almeida. João Caetano. São Paulo: Perspectiva, 1972.
POULET, Jacques. Épidémiologie, sociologie et démographie de la pre- mière épidémie parisienne de choléra. Histoire des sciences médica- les, 3-4 (1970). BIU Santé. Université de Paris. Disponível em: https:// www.biusante.parisdescartes.fr/sfhm/hsm/HSMx1970x004x003_4/ HSMx1970x004x003_4x0145.pdf. Acesso em: 10 mai. 2020.
RANGEL, Genaro. Semeadura e Colheita: memória histórica da imperial sociedade amante da instrução. Belo Horizonte: Lutador, 1979.
REGISTRO de exame censório da peça “O morto embargado, ou, A cóle- ra-morbo. Contêm: designação de Ernesto Frederico Pires de Figueiredo Camargo passada por José Rufino Rodrigues de Vasconcelos; requeri- mento de exame remetido por Joaquim Bernardo Leal; parecer; despa- cho de Diogo Soares da Silva de Bivar. Anexo: requerimento de exame re- metido em 1845. Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro, seção Manuscritos, I-08,09,074.
REGISTRO de Exame Censório da peça “D. João de Alvarado, ou o cria- do de si mesmo”. Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro, Manuscritos - I-08,09,030.
REGO, José Pereira. Esboço histórico que em grassado na cidade do Rio de Janeiro desde 1830 a 1870. Rio de Janeiro: Typografia Nacional, 1872.
SOUSA BASTOS. Dicionário do Theatro Portuguez. Lisboa: Imprensa Li- banio da Silva, 1908.
SOUZA, Silvia Cristina Martins de Souza. Cá estou outra vez em cena: diá- logos políticos nas cenas cômicas de Francisco Correa Vasques. Sæculum – Revista de História, n. 12, jan/ jun. 2005, p. 52-64. Disponível em: https:// periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/srh/article/view/11315/6429. Acesso em: 10 mai. 2020.
TERRIER, Agnès. Paris s’est vidée - Chapitre 1 le Choléra. Opéra Comique, 28 mar. 2020. Disponível em: https://www.opera-comique.com/fr/ac- tualites/paris-s-est-videe-chapitre-1-cholera. Acesso em: 25 mai. 2020.
Jornais
Almanack Administrativo, Mercantil e Industrial do Rio de Janeiro, 1850, p. 279.
Almanack Administrativo, Mercantil e Industrial do Rio de Janeiro, 1852, p. 287.
Correio da Manhã, Rio de Janeiro, 08 de maio de 1917, p. 4. Correio Mercantil, Rio de Janeiro, 1849, sem paginação.
Correio Mercantil, terça-feira, 11 de outubro de 1853, Rio de Janeiro, n. 284, Anno X, sem paginação.
Correio Mercantil, Rio de Janeiro, 30 de janeiro de 1850, sem paginação. Correio Mercantil, Rio de Janeiro, 4 de fevereiro de 1857, p. 4.
Correio Mercantil, Rio de Janeiro, 09 de junho de 1857, n. 157, anno XIV, sem paginação.
Diário do Rio de Janeiro, sábado, 11 de janeiro de 1845, n. 6814, anno XXIV, p. 3.
Diário do Rio de Janeiro, sábado 25 de janeiro de 1845, n. 6825, ano XXIV, p. 3.
Jornal do Commercio, Rio de Janeiro, 28 de outubro de 1845, n. 294, ano XX, p. 3.
Jornal do Commercio, Rio de Janeiro, 13 de julho de 1868, p. 3.
Downloads
Published
Issue
Section
License
É responsabilidade dos autores a obtenção da permissão por escrito para usar em seus artigos materiais protegidos por lei de Direitos Autorais. A revista Rebento não é responsável por quebras de Direitos Autorais feitas por seus colaboradores.
Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho licenciado sob Licença Creative Commons do tipo atribuição CC BY-NC:
Atribuição (BY): Os licenciados têm o direito de copiar, distribuir, exibir e executar a obra e fazer trabalhos derivados dela, conquanto que deem créditos devidos ao autor ou licenciador, na maneira especificada por estes.
Uso Não comercial (NC): Os licenciados podem copiar, distribuir, exibir e executar a obra e fazer trabalhos derivados dela, desde que sejam para fins não-comerciais.
Após a publicação dos artigos, os autores permanecem com os direitos autorais e de republicação do texto.
