Laboratório de Criação Cênica Interseccional e o experimento cênico "Xica nos contou um sonho"

Como gênero, raça, etnia, sexualidade, classe e território entram em cena?

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Resumo

Compartilho neste artigo as experimentações artísticas e pedagógicas elaboradas na condução de um projeto de extensão realizado no Instituto de Artes da UNESP, em São Paulo. Durante três meses de Laboratório, foram abordadas perspectivas contracoloniais que consideram as relações étnico-raciais (Collins, 2019; hooks, 2021; Jecupé, 2020; Munduruku, 2010, 2019), de sexualidade (Núnez, 2022), de gênero (Aston, 1999; Collins, 2019; Diamond, 2011; Jesus, 2019), de classe (Brecht, 1967) e de território (Nascimento, 2018; Santos, 2001; Sodré, 1988) como materialidade e fundamentação para a criação teatral. Ali, também foi possível compreender como a interseccionalidade atua nas relações interpessoais dos (das/des) participantes. Ao final da prática laboratorial, um experimento cênico foi criado, nomeado Xica nos contou um sonho, inspirado na biografia da travesti negra Xica Manicongo e nos relatos pessoais dos (das/des) participantes. O experimento foi apresentado no Festival Feminista Um território para nós, também no Instituto de Artes da UNESP.  Palavras-chave: Teatro; Interseccionalidade; Laboratório atoral; Extensão universitária.

Biografia do Autor

Vanessa Biffon, Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" UNESP

Doutora em Artes pela Unesp. Atriz do Grupo Teatral MATA!, professora de Artes no Instituto Federal de São Paulo - campus avançado Jundiaí.

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Publicado

2025-08-07