Augusto Boal: a linguagem teatral como ferramenta de libertação coletiva

Autores

  • Audrey Cristina Barbosa Universidade de Santo Amaro - UNISA
  • Paulo Fernando de Souza Campos Universidade de Santo Amaro - UNISA

Resumo

Este artigo revisa a contribuição de Augusto Boal à cultura brasileira, retomando a trajetória do diretor nos períodos de trabalho no Teatro de Arena, no exílio durante a ditadura militar e na propagação dos seus ideais de teatro popular. Para tanto, problematizamos como o dramaturgo pensa e exercita o teatro, observando em especial qual a importância da sua visão da ação coletiva e de que maneira o Teatro do Oprimido reverbera sua obra. O objetivo é destacar sua contribuição na construção do teatro brasileiro, bem como a relevância de seus estudos sobre o uso da linguagem teatral como ferramenta de libertação e organização justa e igualitária do campo social. Considera-se que, na vertente apontada, o teatro não é apenas um espelho da realidade, mas um espelho mágico, no qual os e as espectadores (as) podem entrar e mudar a realidade. Palavras-chave: Teatro. Teatro do Oprimido, Trajetórias, Teatro de Arena.

Biografia do Autor

Audrey Cristina Barbosa, Universidade de Santo Amaro - UNISA

Mestranda do Programa de Ciências Humanas da Universidade Santo Amaro – UNISA. Graduada em Artes Visuais pela Faculdade Paulista de Artes – FPA. Pesquisadora do Grupo de Pesquisa Arte, Cultura e Imaginário - UNISA/CNPq.

Paulo Fernando de Souza Campos, Universidade de Santo Amaro - UNISA

Doutor em História. Professor Adjunto do Programa de Mestrado em Ciências Humanas da Universidade Santo Amaro – UNISA. Pesquisador do Grupo de Pesquisa Ciência, Saúde, Gênero e Sentimento – CISGES/UNISA/CNPq. 

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Publicado

2021-07-01

Edição

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Artigos