A cerâmica como uma atividade contemplativa diante dos excessos da era digital

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Resumo

Em nossos dias, com o aumento do uso de dispositivos móveis, o senso de contemplação e a pausa diante das imagens foram prejudicados. Em um mundo onde a superabundância de informações ameaça ofuscar o sentido do tato, a capacidade de atenção e o processo na arte, o objetivo deste texto é expor como a cerâmica surge como um ato de resistência. Sua prática, sendo física e material, convida a uma pausa, criando um momento e um lugar de descanso; uma alternativa ao onipresente espetáculo visual. Ao longo do artigo, discutiremos como essa arte tradicional, que pode consumir muito tempo para ser feita, também nos ajuda a parar e meditar sobre a sociedade frenética em que vivemos. Para isso, nos baseamos nas reflexões de pensadores como Byung-Chul Han e Zygmunt Bauman, entre outros, exibindo uma série de obras autorais que exemplificam de forma criativa o assunto tratado. Assim, pretendemos refletir sobre as possibilidades oferecidas pela cerâmica como uma proposta meditativa e artística para o mundo que habitamos, hoje condicionado por um olhar ligado aos dispositivos digitais.   Palavras-chave: Celulares; Cerâmica; Criação artística; Memória; Tempo.

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Publicado

2025-08-07