Adereçando fragmentos da história

o processo criativo de aderecistas no teatro paulistano

Autores

  • Beatriz Mendes IA Unesp

Resumo

A proposta deste artigo é apresentar um ponto de vista sobre o trabalho da aderecista, que se configura como uma das frentes de trabalho da cenotécnica teatral. Serão abordados aspectos do ofício da aderecista e considerações acerca do seu processo criativo, que é ao mesmo tempo individual e coletivo, e discutidas questões sobre a hierarquização de saberes, as relações de trabalho e a falta de entendimento sobre os processos que demandam um trabalho construtivo manual, a partir dos pontos caracterizados pela socióloga Nathalie Heinich (2005) como o estatuto de artista. Apresenta-se também o modo como o recorte de análise de documentações direcionam os estudos teatrais a outros campos, deixando de lado possíveis reflexões sobre determinados ofícios dos bastidores. O enfoque se direciona ao entendimento dos saberes oriundos da prática e do convívio entre artistas da cena, para compreender como os processos de criação de adereços existem para além dos conhecimentos práticos e podem contribuir também para a construção de discursos e reflexões. Diante disso, é considerado que o teatro de grupo se configura como território de manutenção dos ofícios do desenho da cena, dentre eles, o da aderecista.

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Publicado

2024-06-19