Objetos Imaturos, de Rubem Grilo: Subjetividade e abertura – o requinte do humor, da crítica e da poesia no desvio da função do objeto e da linguagem

Autores

  • Agnus Valente
  • Fabio Freixeda

Resumo

Este artigo aborda a série intitulada Objetos Imaturos, de Rubem Grilo, composta por gravuras de pequeno formato, impressas manualmente sobre papel arroz, realizadas no final da década de 90. Nessas obras, o artista promove inserções, alterações e desvios na representação do design de objetos utilitários, afetando a representação de suas funções e objetividade em favor de uma subjetividade e abertura da forma, provocando efeitos de humor, crítica e poesia. O texto conta com colaboração de Fábio Freixeda no descritivo sobre o artista e a série, seguido de uma leitura de Agnus Valente enfocando algumas das gravuras no campo da interpretabilidade da obra de arte. A reflexão concentra-se em interpretações dos inusitados objetos resultantes de uma “hibridação de sistemas” (VALENTE) entre Arte e Design, tendo como respaldo as “funções da linguagem” (JAKOBSON), um paralelismo com a formulação da expressão “caligrama desfeito” (FOUCAULT) para a obra de René Magritte, bem como as questões da “obra aberta” (ECO) em diálogo com os conceitos de “coeficiente artístico” (DUCHAMP) e “interpretante final” (PEIRCE).

Downloads

Publicado

2018-06-28

Edição

Seção

Artigos