A violência como traço estrutural da sociabilidade brasileira e suas reepresentações em "Cárcere ou Porque as Mulheres Viram Búfalo" e "Sortilégio II"
Resumo
O presente texto realiza análise comparativa entre as obras Cárcere ou Porque as Mulheres Viram Búfalo, de Dione Carlos, e Sortilégio II, de Abdias do Nascimento, tendo como ponto de partida a violência como traço estrutural da sociabilidade brasileira. A hipótese é que a produção artística brasileira, especialmente aquela dos novos agentes que ganham visibilidade a partir de meados do século XX, reflete um traço constitutivo da sociabilidade nacional, construída a partir do processo de colonização, de escravização e de periferização no mundo capitalista. O texto sustenta, ainda, que o processo de visibilização das manifestações culturais de sujeitos antes invisibilizados aponta para uma reorientação epistêmica que também se reflete nas obras analisadas. Por intermédio da análise comparativa dos textos, o artigo conclui ser possível afirmar que a violência é incorporada na produção cultural brasileira periférica como reflexo das violências constituintes da sociabilidade brasileira. Essa incorporação, no entanto, não é somente temática, mas um elemento da estética proposta pelas obras analisadas. Palavras-chave: Dione Carlos; Abdias do Nascimento, Teatro; Violência; Cultura marginal.Downloads
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